Análises / Economia
O comércio varejista vem passando por profundas modificações desde o início da pandemia de Covid-19, quando o segmento foi impactado pela instauração do lockdown em várias cidades do País. O setor vem enfrentando grandes desafios, seja para o pequeno lojista ou mesmo para as grandes redes de varejo. Com a economia estagnada, ocorreu o aumento dos juros e o crescimento da inflação. Como consequência houve a redução do poder de compra do trabalhador e o aumento do endividamento do brasileiro.
O economista José Maria Porto, vice-presidente da Academia Cearense de Economia, explica que muitas empresas do varejo ainda estão estocadas, então há um esforço crescente da categoria para que as vendas atinjam os patamares pré-pandemia, utilizando estratégias de vendas como a realização de promoções e campanhas para estimular a demanda que estava reprimida nos dois últimos anos.
“A tendência das vendas no varejo pode se reverter de maneira positiva, mais próximo do quarto trimestre, com a chegada do Dia das Crianças, ‘Black Friday’, Copa do Mundo, Natal e Réveillon, juntamente com o recebimento do décimo terceiro salário. É necessário esperar e torcer para que essa expectativa seja alcançada. Afinal de contas, a deterioração do poder de compra e o elevado endividamento das famílias ainda desanimam os consumidores e os inibe de ir às compras, principalmente de produtos com maior valor agregado”.
José Maria Porto, vice-presidente da Academia Cearense de Economia
PIB cearense é impulsionado pelo setor de serviços
O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará cresceu 1,96% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima do PIB brasileiro, cujo índice atingiu 1,7%. As informações foram divulgadas pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) em junho deste ano.
Esse crescimento foi impulsionado, sobretudo, pelo setor de serviços, o único que registrou variação positiva de 1,77%. O segmento é o mais pujante da economia cearense, representando 78% da atividade econômica local, resultado acima da média histórica, segundo o analista de políticas públicas do Ipece, Alexandre Lira.
De acordo com o economista Igor Macedo de Lucena: “A análise do crescimento do PIB vem se multiplicando por cinco, desde o início do ano. Se a expectativa dos economistas, medida pelo Boletim Focus do Banco Central, denotava crescimento próximo de zero no começo deste ano, hoje já existe um consenso de que o Brasil vai crescer aproximadamente 1,9%”, ressaltou.
Entre as atividades que participam do segmento, todas registraram bom desempenho, com destaque para Alojamento e Alimentação (12,56%), Transportes (11,22%) e Comércio (9,58%).
Por: Ívina Sales Maciel | Em: 4 de agosto de 2022
Tags:CDL, Ceará, Comércio, Indicadores Econômicos, Varejo
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